Verticalização: como obter benefícios com menores investimentos

Nesta publicação, conheça quatro modelos que, no geral, demandam investimentos menores e que geram menor pressão no caixa da operadora.

Em minha última publicação, comentei a importância estratégica, econômica e financeira da verticalização e de sua tempestividade.

Hoje tratarei dos modelos de verticalização que fogem do tradicional em que uma operadora constrói ou reforma uma infraestrutura física, a equipa e operacionaliza.

Abordarei quatro modelos, que, no geral, demandam investimentos menores, e consequentemente menor pressão no caixa da operadora, e menores captações de recursos com instituições financeiras.

1- Direcionamento de Demanda

Neste modelo, o objetivo da operadora é obter a redução de custos por meio de uma pareceria com parte da rede prestadora. Os prestadores, de sua parte, concordam com uma tabela reduzida e em contrapartida, a operadora irá direcionar às demandas assistenciais dos seus beneficiários para o prestador selecionado. No geral, é realizado um processo concorrencial que possui como critérios a tabela cobrada, qualidade, reajuste e outros. O modelo nada mais é que uma parceria “ganha-ganha”, a operadora ganha em redução dos custos e melhora da previsibilidade, e os prestadores ganham com aumento da demanda atendida e redução de sua ociosidade.

Para este modelo de verticalização, o investimento da operadora é mínimo, visto que basicamente realizará um processo concorrencial e de análise de capacidade de atendimento e qualidade do prestador selecionado. Como resultado, é esperada a redução do seu custo assistencial.

2- Arrendamento

No arrendamento, uma operadora de saúde irá alugar uma área de uma ativo assistencial por meio de um contrato de longo prazo. Além de não realizar a construção do espaço, poderá ainda utilizar de infraestruturas compartilhadas, serviços e eventualmente equipes. Esse tipo de operação é mais comum para ativos hospitalares em que uma operadora aluga uma ala de um hospital e passa a operacionalizar sob sua marca.

Os investimentos neste caso também devem ser menores, pois, os principais investimentos serão em reformas e equipagem. Alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, a avaliação da adequação da infraestrutura como um todo à legislação e como está a saúde financeira do hospital que irá alugar a ala.

3- Joint Venture

As joint ventures são empresas constituídas entre a operadora e um prestador de serviços de saúde. No geral, neste modelo a operadora de saúde oferece o direcionamento de demanda, cujo ramp-up (crescimento da demanda atendida) é pré-estabelecido pela prestadora, que por sua vez realizará os investimentos necessários além da operacionalização do serviço. Também é comum nesse modelo o pagamento up-front para a operadora, ou seja, um adiantamento pela compra da demanda. O resultado financeiro desta parceria será compartilhado entre as partes de acordo com sua participação acionária.

A participação de cada uma das partes na nova empresa é determinada a partir do valuation do negócio que será constituído. Alguns pontos sensíveis devem ser observados pela operadora, como qual a tabela utilizada, quais os critérios de reajuste e também como serão definidos os protocolos de atendimento.

Tanto o up-front como o recebimento de dividendos podem chamar bastante a atenção das operadoras de saúde, especialmente aquelas que estão em um momento de dificuldade financeira. Contudo, é importante refletir sobre a sustentabilidade desta operação e como isso afetará a sinistralidade.

Esse modelo também é aplicável às empresas que já atendem uma operadora e que podem inclui-la em seu quadro societário trocando essa participação por direcionamento de demanda. Neste caso, é importante a realização do valuation e da due diligence.

4- BTS e Aluguel de Equipamentos

No modelo built to suit, a infraestrutura física é construída sob medida de acordo com as necessidades do locatário. Por sua vez, é possível realizar a locação de todos os tipos de equipamentos de maior e menor complexidade para a operação do hospital.

Neste modelo, substitui-se um alto investimento por contratos de aluguel. Os cuidados a serem observados pela operadora são a taxa de aluguel cobrada, qual o índice de reajuste, qual o preço da manutenção ou se já está incluída na locação dos equipamentos, quais as garantias exigidas para as locações entre outros. Por fim, destaca-se que a operação destes ativos pela operadora de saúde deverá gerar resultado suficiente para o pagamento dos aluguéis. Portanto, o estudo de viabilidade é essencial.  

A partir das análises dessas diferentes alternativas de verticalização, posso dizer com segurança que existem alternativas para obtenção de redução de desperdícios e controle e redução de custos para as operadoras de todos os portes.

Destaco, também, a importância da realização da análise de viabilidade dos recursos assistenciais e análises comparativas entre os diferentes modelos com foco na maior geração de valor e sustentabilidade para a operadora.

Procure a XVI Finance para maiores detalhes de cada um dos modelos e realização dos estudos para tomada de decisão.

Até a próxima!

Ulisses Rezende Silva

Ulisses Rezende Silva

Diretor Comercial na XVI Finance

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