Minas Gerais e São Paulo são palcos de operações de fusões e aquisições no setor de saúde

Grandes grupos capitaneiam a consolidação do setor por meio de operações de M&A. Sistema Unimed se movimenta em busca de eficiência.

Não é novidade para quem acompanha nosso blog semanalmente que, há cerca de dois anos, o mercado de saúde suplementar vem sendo palco de dezenas de operações fusões e aquisições. O que vemos nesse período é um movimento de consolidação do setor. Se antes tínhamos um mercado capitaneado pelo Sistema Unimed, seguido por operadoras menores e muitas vezes ineficientes, hoje, o modelo cada vez mais dominante é o de grandes grupos verticalizados de saúde. Capitalizados pelo acesso ao mercado de capitais, estes grupos crescem de forma agressiva e inorgânica, por meio de aquisições em todo o território nacional.

Desde 2018, o setor vem registrando mais de 60 operações de fusões ou aquisições por ano. Em 2020 e 2021, a pandemia acelerou esse movimento. Em 2020 foram divulgadas 82 operações, e até meados de outubro de 2021 foram mais de 60 operações. São, em média, mais de 6 operações por mês.

Este cenário foi impulsionado em decorrência da crise econômica subjacente à pandemia, que levou inúmeras operadoras menores e hospitais a se encontrarem em uma situação insustentável, tornando-as alvos de investidores capitalizados. Abaixo é possível ver essa evolução:

Quais os benefícios dessas operações?

Essas operações podem ser horizontais ou verticais. A aquisição horizontal é quando a operação envolve empresas do mesmo ramo, geralmente concorrentes, como a compra de uma carteira de beneficiários por uma operadora ou a compra de um hospital por um grupo hospitalar. Já a aquisição vertical, como explicado em nosso último estudo – Hospitais como diferenciais competitivos no Sistema Unimed, é a operação que envolve fornecedores na cadeia, por exemplo a compra de um hospital por uma operadora de saúde ou vice-versa. Essas operações permitem a construção de alguns diferenciais competitivos, cujos principais são:

  • Diversificação e expansão das fontes de receita;
  • Economias de escala (diluição de despesas operacionais e administrativas);
  • Economia na produção e distribuição;
  • Maior poder de negociação com fornecedores e clientes;
  • Consolidação de mercado;
  • Fortalecimento da marca.

Quais estados são os focos dos agentes consolidadores?

Olhando para os últimos dois anos, evidencia-se que as movimentações ocorreram em quase todo o território nacional (em 18 das 27 unidades federativas), como podemos ver no gráfico abaixo:

Nota-se que a região sudeste é o principal centro de consolidação do setor. Com destaque para São Paulo e Minas Gerais, a região apresenta algumas características que a tornam atrativas para o crescimento dos grandes grupos:

  • Fragmentação de Mercado (operações menores são menos eficientes);
  • Menor concentração no Sistema Unimed (com exceção de Minas Gerais);
  • Maior concentração de empresas (esses grupos trabalham maioritariamente com planos coletivos);
  • Facilidade de acesso a investimentos.

Diante desse panorama pode-se depreender que o Sudeste tem sido palco das maiores quantidades de fusão e aquisição justamente por conta da entrada de novos concorrentes que movimentaram o mercado de saúde suplementar.

Essa nova dinâmica de mercado, ligou um sinal de alerta no Sistema Unimed.

E qual tem sido a reação do Sistema Unimed?

Como destacado em nosso último estudo, a estratégia de verticalização não se restringe às medicinas de grupo, e dezenas de cooperativas Unimedes implementaram e implementam seus projetos nos últimos anos. Esses projetos estão sendo fundamentais para garantir o fortalecimento do Sistema Unimed em frente a um setor aquecido e em consolidação.

Outra estratégia que tem se mostrado vencedora é a utilização de holdings para construção de diferenciais competitivos. No Sistema Unimed são muitos exemplos como a Unimed Participações, Unimed Volta Redonda, Unimed Porto Alegre e a Unimed Natal, que divulgou recentemente sua holding. Para as cooperativas, em especial, este modelo é muito vantajoso, possibilitando o acesso a diversas oportunidades de investimentos. Conheça melhor o modelo no E-book: a utilização de holdings no setor de saúde: case Sistema Unimed.

Além da verticalização e da utilização de Holdings, outras alternativas podem ser exploradas em busca da maior eficiência, como por exemplo, a junção de singulares por meio de diferentes modelos. No Simpósio Unimed 2019, dentre as diretrizes de sustentabilidade do Sistema, destacou-se: “Reordenar o sistema de sociedades cooperativas Unimed em sociedades Unimed operadoras de planos de saúde e sociedades não Operadoras de Planos de Saúde, estimulando o crescimento orgânico destas últimas”. Esse movimento já ocorre há anos, seja de forma coesa ou forçada pela falência de algumas cooperativas:

Com ampla experiência, dedicação e atuação como consultoria especializada no setor de saúde, a XVI Finance tem uma metodologia personalizada para o Sistema Unimed para a implementação do modelo Operadora x Prestadora. Conheça:

Conte com a XVI Finance para verificar qual a estratégia mais adequada para sua Unimed!

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