Eu vejo como a verticalização dos hospitais no Sistema Unimed se destaca como uma estratégia poderosa para impulsionar a competitividade e a eficiência de custos. Esse movimento de centralização e controle permite que as operadoras de saúde obtenham um domínio maior sobre seus recursos, fortalecendo sua posição no mercado.
Recentemente temos visto uma forte tendência de consolidação no setor da saúde. Se antes o setor era pulverizado entre diversas operadoras, hoje vemos uma forte expansão de alguns grupos que vêm conquistando espaço, principalmente, por crescimento inorgânico (fusões e aquisições). Esse crescimento ocorre em cima de operadoras ineficientes como já destacamos na publicação: Redução no número de operadoras é reflexo da consolidação do setor.
Mas de onde vem o crescimento tão rápido desses grupos?
Essa expansão pode ser explicada por vários motivos, porém por hora vamos focar em apenas um: o maior controle de custos dessas operadoras. Em outras palavras, eficiência. Dentre as estratégias dominantes para uma melhor gestão de custos estão: a centralização de decisões, carteira com foco em planos empresariais e a verticalização. Para entender melhor sobre os resultados de algumas dessas operadoras consulte nosso artigo O que os resultados da Hapvida e NotreDame nos indicam sobre o setor?
A verticalização é uma prática que consiste na centralização da cadeia de produção, ou seja, a empresa verticalizada passa a atuar nos extremos da cadeia, desde a produção da matéria prima até a venda e distribuição. No caso das operadoras de saúde, a verticalização não se restringe a um hospital próprio, ela também pode participar do começo da cadeia, com centros de distribuição de medicamentos por exemplo, projeto de investimento cada vez mais demandado pelos nossos clientes. Nestes projetos de investimento as empresas garantem um maior controle de seus custos, além de diversificar suas fontes de receita.
Para saber um pouco mais dos benefícios da verticalização, acesse: Por que as operadoras se verticalizam?
No gráfico abaixo, temos o número de hospitais do Sistema Unimed inaugurados ao longo do tempo. É possível notar que nos últimos anos, essa tendência ganhou força e se acelerou.
Hospitais para controle da sinistralidade
Além da estrutura verticalizada, que permite uma melhor gestão dos custos, os grandes grupos conseguem um ganho de escala na operação, o que leva a uma diluição de custos e despesas. Assim, essas companhias conseguem manter a sinistralidade sob controle sem perder competitividade no tíquete médio.
O gráfico abaixo mostra uma análise chamada “estudo de evento”, o evento base é a inauguração de um hospital de uma Unimed de grande porte, e cada ano anterior está na faixa avermelhada, e os anos posteriores na faixa verde.
Ao analisar o gráfico, é possível encontrar uma clara tendência de elevação de sinistralidade no período anterior à inauguração do hospital próprio, enquanto tendência de queda da sinistralidade com a consolidação do recurso.
Sinistralidade no Sistema Unimed por Estado
Hospitais como barreira de entrada
Além da redução da sinistralidade, os hospitais próprios são uma barreira de entrada para novos concorrentes. Existem casos em que grandes cooperativas viram seu mercado sumir em poucos anos, com grande parte de seus hospitais licenciados sendo adquiridos por concorrentes ou até mesmo verticalizando com plano de saúde próprio. Ao verticalizar, a operadora diminuir sua dependência de fornecedores e fortalece sua marca. Podemos inclusive traçar um prospecto de ganho de market share com a verticalização.
Abaixo está um estudo de evento parecido com o anterior, porém no lugar de sinistralidade, é analisado o market share da cidade-sede das Unimedes, conforme a inauguração do hospital. É notável a tendência de elevação após a inauguração do hospital, o que indica que o recurso pode ser uma importante diferencial competitivo:
Como podemos ver a verticalização pode trazer diversas vantagens competitivas, promovendo eficiência de custos para as operadoras, diversificação de renda, valorização da marca e ganho e proteção de mercado. Um outro benefício, é a garantia da qualidade esperada do atendimento pela operadora.
A estratégia de verticalização não se restringe às medicinas de grupo, e dezenas de cooperativas Unimedes implementaram e implementam seus projetos nos últimos anos. Esses projetos estão sendo fundamentais para garantir o fortalecimento do Sistema Unimed em frente a um setor aquecido e em consolidação.
Para um projeto de verticalização eficaz, é necessário um bom dimensionamento do recurso. A XVI Finance tem uma metodologia especializada para projetos de investimento e verticalização, que consiste em uma análise profunda do mercado, avaliando oferta e demanda por serviços assistenciais locais, que é finalizada com um laudo de viabilidade econômica do investimento. Tudo isso para garantir que a decisão de verticalizar trará de fato bons frutos para a cooperativa. Caso o investimento seja viável, a XVI Finance assessora a companhia para a seleção do melhor modelo de captação financeira para financiar o projeto.
Conte com a XVI Finance para verificar se a verticalização é a resposta certa para sua Unimed.
O artigo explora a estratégia de verticalização dos hospitais no Sistema Unimed, destacando como essa abordagem fortalece a competitividade e eficiência das operadoras de saúde. A verticalização permite um controle mais rigoroso sobre os custos e contribui para a redução da sinistralidade, além de criar barreiras de entrada para novos concorrentes. A adoção dessa estratégia tem promovido ganhos de market share, melhor gestão de recursos e fortalecimento da marca Unimed. A análise inclui uma visão sobre como os projetos de verticalização estão sendo fundamentais para a consolidação do setor e a sustentabilidade das cooperativas Unimed.
Saiba mais sobre
O que é a verticalização no contexto do Sistema Unimed?
A verticalização é a prática de centralizar a cadeia de produção, permitindo que a operadora de saúde controle desde a distribuição de medicamentos até a gestão de hospitais próprios.
Quais são os benefícios da verticalização para as operadoras de saúde?
Os principais benefícios incluem maior controle de custos, diversificação de receitas, redução da sinistralidade e fortalecimento da marca no mercado.
Como a verticalização afeta a sinistralidade das operadoras de saúde?
A verticalização ajuda a manter a sinistralidade sob controle ao permitir um melhor gerenciamento de custos e eficiência operacional.
Por que os hospitais próprios são considerados uma barreira de entrada para novos concorrentes?
Hospitais próprios reduzem a dependência de fornecedores externos e aumentam a competitividade da operadora, tornando difícil para novos concorrentes se estabelecerem no mercado.
Como a estratégia de verticalização contribui para o ganho de market share?
Ao abrir hospitais próprios, as operadoras de saúde aumentam sua presença no mercado, melhorando seu controle sobre os serviços e a qualidade do atendimento, o que resulta em um aumento no market share.
Qual é o papel da XVI Finance nos projetos de verticalização?
A XVI Finance oferece uma metodologia especializada para projetos de verticalização, que inclui análise de mercado, viabilidade econômica e seleção do melhor modelo de captação financeira para as operadoras de saúde.
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