No dia 21 de abril, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou as demonstrações financeiras das operadoras de saúde relativas a 2020. Esses dados eram muito aguardados para que pudessem ser avaliadas as consequências financeiras para as operadoras de saúde em um ano de tantas surpresas geradas pelo cenário de pandemia e pelo aumento da concorrência. A partir de hoje, iniciaremos uma série de publicações nas quais avaliaremos os resultados e a evolução desses dados em 2020, gerando insights e análises críticas.
O primeiro tema irá analisar como a utilização de aplicações garantidoras e livres das Unimedes podem ser utilizadas de maneira mais eficientes no combate à concorrência e melhoria da infraestrutura assistencial.
Em nossas publicações frequentemente citamos a importância dos recursos próprios para melhor oferecimento de qualidade de atendimento aos beneficiários, melhor gestão de custos, criação de barreiras de entrada aos concorrentes e oferecimento de melhores condições de trabalho aos médicos cooperados. Os hospitais são os ativos de maior complexidade dentro ecossistema de saúde e dados os altos investimentos necessários para sua construção e equipagem são um ativo mais complexo para verticalização.
Em 2018, o Sistema Unimed teve o primeiro contato com Fundos de Investimento Imobiliários (FII) por meio do HUSC11, FII direcionado a construção do Hospital da Unimed Sul Capixaba. Esse FII trouxe como insight para as Unimedes a possibilidade de utilização de parte das suas aplicações garantidoras de provisões técnicas para a construção de Hospitais para o próprio sistema Unimed. A Resolução Normativa da ANS – RN 392 de 2015, mostra que até 20% dessas aplicações podem ser investidas em FIIs, portanto, trata-se de uma fonte de recursos já disponível e que pode ser aplicada de maneira mais eficiente dentro do sistema.
A utilização desses recursos pode permitir às Unimedes reduzir a distância de capacidade de investimentos em relação aos grupos de capital aberto como Hapvida e NotreDame. Esses grupos conseguem por meio da emissão de ações obter grandes montantes direcionados para investimentos, por exemplo, a compra de concorrentes e hospitais. Considerando as captações por IPO e follow-on desses grupos, foram captados desde 2018 aproximadamente R$11,5 bilhões.
O gráfico a seguir apresenta o montante total de aplicações garantidoras e livres do Sistema Unimed. Considerando o total dessas aplicações, em 2019 o Sistema Unimed apresentava R$ 17,9 bilhões, montante que em 2020 atingiu R$ 22,5 bilhões (aumento de 25,75%):
No gráfico 2, vemos o potencial de investimentos na construção de hospitais por meio de investimentos em FIIs. Foram consideradas apenas as aplicações livres de curto prazo e os 20% de aplicações garantidoras de curto prazo permitidos pela ANS. Em 2019, estavam disponíveis para investimentos aproximadamente 10 bilhões de reais, montante que aumentou em 2020 para 13,6 bilhões (aumento de 33,5%).
A atuação conjunta das singulares para a criação de uma completa infraestrutura de saúde para atendimento aos beneficiários do Sistema Unimed a nível nacional, pode ser acelerada por meio da utilização das aplicações garantidoras e Fundos de Investimento Imobiliário.
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