Queda no número de operadoras de saúde: por que ocorreram as liquidações extrajudiciais?

Boa tarde, caro(a) leitor(a),

Em 2019, mais de 22,3% da população do Brasil possuía um plano de saúde. A saúde suplementar atende a 47,1 milhões de brasileiros e é responsável por um impacto econômico relevante no cenário nacional. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi criada no ano de 2000, pela Lei nº 9.961, com o objetivo de regular um setor que ainda não possuía padrão de funcionamento.

Ao longo dos anos, muitas operadoras tiveram seus registros cancelados, seja pelo não cumprimento de Resoluções Normativas (RN) ou por liquidação extrajudicial. Como exemplo desse último caso, temos a situação enfrentada pela Cassi, que passa por momentos de severas dificuldades financeiras. A operadora de planos de saúde dos funcionários do Banco do Brasil (a mais antiga do país em funcionamento) definiu no dia 28 de novembro de 2020 a alteração estatutária que permite a sua recuperação financeira.

Nos últimos 20 anos, cerca de 2,7 mil registros foram cancelados das operadoras de planos de saúde no Brasil, e mais de 48% desses foram por motivos não voluntários. Ou seja, as operadoras não cumpriram os requisitos necessários para seu funcionamento estipulados pela ANS.

O número de registros cancelados é superior ao de novos registros (como mostramos na imagem abaixo), implicando na maior concentração de beneficiários nas OPSs. No ano de 2012, por exemplo, aproximadamente 142 OPSs detinham 90% do total de beneficiários enquanto em 2018 apenas 115 OPSs já detinham 90% do mercado.

 

Assim, devido às pressões de mercado, aumento da concorrência e incapacidade de adequação às regras da ANS, observa-se que as operadoras (principalmente as de pequeno porte) estão saindo do mercado, seja por fusões, incorporações ou por liquidação extrajudicial.

Dessa forma, o setor segue na tendência de concentração com a formação de grandes players que buscam operar no mercado com maior eficiência, por meio do maior controle e redução de custos com algumas estratégias, como já ressaltamos em nossos estudos.

Portanto, a eficiência operacional é fundamental para permanecer neste ambiente que passa por elevada pressão inflacionária de custos, com crescimento e envelhecimento populacionalSomente as operadoras eficientes permanecerão no mercado com capacidade para atender as normas da ANS e gerar os resultados para seus clientes, médicos e investidores.

Acesse nosso e-book, e entenda como funciona o marco regulatório da saúde suplementar, o padrão das OPS com registros cancelados nos últimos anos e quais as tendências para os próximos anos.

PS: Texto e análise feitas pelo Gerente de Projetos Vinícius Cintra e a analista Laura Lima, com participação do nosso Diretor de Projetos Prof. Me. Ulisses R. Silva.

*Fontes: ANS

Viabilidade para Negócios na Saúde

A consultoria XVI Finance, com sede em Ribeirão Preto (SP), desenvolve projetos na área da saúde exclusivamente para operadoras de saúde, cooperativas médicas, clínicas e hospitais. Seu escopo de atuação é direcionado para melhorar o desempenho financeiro de seus clientes mediante o direcionamento estratégico e desenvolvimento de projetos de investimento.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Como você achou esse post útil...

Sigam nossas mídias sociais

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin