Envelhecimento populacional e Acreditação (RN 452): um olhar para o futuro

Projeção sobre o cenário epidemiológico do Brasil e o que as operadoras precisam saber sobre a nova resolução.

O envelhecimento populacional é um fenômeno observado inicialmente em países desenvolvidos, mas recentemente o Brasil tem experimentado rápidas transformações tanto em seu perfil sociodemográfico como epidemiológico. Em estágio de transição, o resultado é um cenário complexo em que se observa uma sobreposição de problemas de saúde o que pode demandar a reorganização do sistema de saúde.

Segundo projeções do IBGE, teremos uma população quase estável, porém mais idosa e com uma taxa de crescimento baixo até que ocorra a inversão demográfica. O grupo etário de zero a 14 anos, declinará 4% de 2020 a 2030 e 16% entre 2030 e 2050. Por outro lado, o grupo etário composto por pessoas acima de 60 anos irá corresponder a 32% alcançando cerca de 66 milhões de idosos. Pelas estimativas, em 2030 este grupo etário já será 23% da população brasileira.

Com isso, irá ocorrer uma mudança no quadro de doenças que atingem a maior parte da população. Logo, com mais idosos, a tendência é que as doenças típicas do envelhecimento assumem a liderança das enfermidades.

Levando em consideração a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) publicada pela Organização Mundial da Saúde e dados sobre morbidade e mortalidade SINAN e do SIM, existe um crescimento da demanda ligada à ações e serviços assistenciais relacionados a esta fase do ciclo da vida, particularmente em relação às Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCnT).

Segundo a OMS, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Em todo o Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, o que corresponde a cerca de 30% das mortes de brasileiros. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% de doenças cardiovasculares no Brasil.

As Neoplasias, que também são bastante influenciadas pelo envelhecimento da população, têm uma tendência de crescimento consistente ao longo de todo o período, praticamente dobrando sua participação.

Em contrapartida, temos a diminuição de doenças ligadas a nascimentos e crianças, como as Afecções Perinatais constituem-se no grupo de causas que experimentarão a maior redução, seguida pelas Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP).

E como o mercado tem enfrentado tal movimentação?  

Além da assistência em saúde, os hospitais têm  buscado a ampliação, otimizando sua capacidade instalada e reformulando sua gestão com perspectivas de inovação tecnológica e eficiência em saúde. Alguns movimentos precisam ser acompanhados com atenção, como a expansão pautada em verticalização da MedSênior.

Com a substituição da RN 277 pela RN 452, lançada em 2020 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram estabelecidos novos critérios no processo de acreditação das operadoras de saúde. No entanto, para serem credenciadas, as instituições precisam atender a determinados requisitos, como gestão eficaz da linha de cuidado de pacientes crônicos, ou questões relacionadas à tecnologia, sustentabilidade financeira e muito mais.

Atualmente, cerca de 7 operadoras possuem acreditação seguindo os requisitos da RN 452, demonstrando um grande potencial para a qualificação do setor. Além disso, as operadoras acreditadas conquistam um melhor relacionamento com suas redes, otimizando resultados e envolvendo colaboradores com o sucesso da instituição. Isso permite também a redução do capital regulatório das operadoras, como a margem de solvência e tomada de decisões que influenciam na sinistralidade da operadora, na qual bateram recorde no ano de 2021 como publicado anteriormente.

Dentre nossas soluções, temos desenvolvidos estudos e projetos ligados ao item 1.6.10 com simulações através do método estatístico de Monte Carlo, a fim de estimar a exposição a eventos raros e de alta severidade da operadora e do item 1.7.12 sobre a realização de análise relativa à performance futura de sua carteira que podem afetar a sustentabilidade dela ao longo do tempo.

Os gestores precisam se preparar para esta situação desenvolvendo políticas, estratégias, produtos e meios que permitam enfrentar este novo cenário que se aproxima.

Conte conosco para auxiliar na sustentabilidade do Sistema Unimed e seus projetos na saúde.

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