Outubro Rosa em números: Por que a mamografia é tão importante?

Compreenda a capacidade do serviço de saúde no Brasil por meio de levantamentos de equipamentos presentes nas regiões e do número de exames realizados no país.

O Outubro Rosa tem como objetivo compartilhar informações e conscientizar sobre o câncer de mama, em busca de ajudar na redução da morbimortalidade pela doença e contribuindo para a disseminação das recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Para dimensionar a atual capacidade do serviço de saúde no Brasil, mapeamos os equipamentos de mamografias presentes nas regiões brasileiras e levantamos os números de exames realizados. 

¹Fonte: CNES – setembro de 2022 (Número de mamógrafos existentes e em uso segundo tipo (comando simples, estereotaxia e computadorizado) e regiões/unidades da Federação.)

²População estimada: IBGE

Demanda = (nº de mamógrafos/(população/240.000))

De acordo com o levantamento, atualmente, o Brasil possui 6.453 equipamentos de mamografia distribuídos em todo o país, sendo que 44% da estrutura fica na região Sudeste, 25% no Nordeste, 15% no Sul, 9% no Centro Oeste e 6% na região Norte.

Pelos parâmetros definidos pela Portaria GM nº 1.101, de 12/06/2002, é necessário 1 mamógrafo por 240.000 habitantes. Logo, os valores encontrados demonstram a suficiência em todo o país. Entretanto, a baixa quantidade de equipamentos na Região Norte, por exemplo, demonstra uma problemática: as máquinas estão concentrados nas capitais e a região caracteriza-se por dificuldades no deslocamento das mulheres.

³Fonte: Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) – 15/10/2022

*Até setembro de 2022

Apesar do crescimento de exames realizados até 2019, a pandemia levou a uma grande redução na realização de exames. A retomada dos exames começou em 2021 e deve apresentar patamar similar a 2019 em 2022. Além dos desafios estruturais, segundo a médica da SBM Annamaria Massahud, algumas mulheres ainda deixam de realizar os procedimentos por motivos como medo da dor durante o exame, da radiação ou medo de descobrir o câncer. Essa redução prejudica o diagnóstico precoce e o tratamento dos pacientes. 

A Sociedade Brasileira de Mastologia reitera que o rastreamento mamográfico tem sido o melhor método para detectar tumores precoces e reduzir a mortalidade por câncer de mama.

³Fontes: Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade; Sistema de Informação Hospitalar (SIH); Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) – Data de atualização dos dados: 15/10/2022

*Até setembro de 2022

A neoplasia de mama tem sido mais incidente na região Sudeste, região com maior concentração de idosos do país. Porém, quando olhamos para a taxa de crescimento (CAGR) no período, o Nordeste lidera com 9,3%. Isso pode ser explicado pelos números recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que revelam que nos últimos anos a incidência de câncer de mama entre mulheres jovens aumentou:

4Fontes: Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade; Sistema de Informação Hospitalar (SIH); Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) – Data de atualização dos dados: 15/10/2022

*Até setembro de 2022

Como observado na tabela acima, as faixas mais jovens vêm manifestando elevadas taxas de crescimento nos números de casos. A alta de casos nessa faixa etária evidencia um desafio: alertá-las do diagnóstico precoce e a redução da mortalidade, uma vez que estão fora do grupo de rastreamento mais frequente, que é a partir de 40 anos.

O sinal de alerta começa a soar mais alto quando as mulheres aproximam-se dos 50 anos de idade. Segundo o IBGE, com a progressão da expectativa de vida — dos homens passou de 72,8 para 73,1 anos e a das mulheres foi de 79,9 para 80,1 anos— existe uma relação direta ao aumento dos casos.

O câncer de mama tem como causa principal o histórico familiar, além de fatores externos como a ingestão elevada de álcool, alimentação desequilibrada rica em produtos ultraprocessados, sedentarismo e a exposição a substâncias carcinogênicas.

De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), o diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam vantajosas para a paciente, chegando a 95%. O INCA afirma que a mortalidade da doença diminui em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos que realizam o exame a cada dois anos.

A conscientização da população é fundamental para fortalecer o combate ao câncer, manter uma rotina saudável e realizar exames periódicos é fundamental.  Em seu dever de prover informações, dados e análises para o setor de saúde, a XVI Finance apoia e contribui para a conscientização nesse Outubro Rosa.

Beatriz Lopes Neves

Beatriz Lopes Neves

Consultora Plena na
XVI Finance

Prof. Dr. Ulisses Silva

Prof. Dr. Ulisses Silva

Diretor de Negócios na
XVI Finance

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