Mapa da Oferta de Leitos Hospitalares no Brasil

Saiba como os estados brasileiros estão atendendo à demanda por leitos hospitalares. Compare os dados com outros países e explore insights sobre oportunidades e desafios do setor de saúde no Brasil.

Estou analisando a distribuição de leitos hospitalares no Brasil para entender como os estados estão suprindo suas demandas. Esta análise oferece uma visão detalhada sobre a oferta de leitos, comparando com recomendações do Ministério da Saúde e padrões internacionais.

Caro(a) leitor(a), tudo bem com você?

Neste estudo, analisamos a oferta de leitos hospitalares nos 27 estados brasileiros, com o objetivo de verificar se a demanda pelos leitos é suprida pela oferta. Além disso, realizamos comparações com outros países e geramos insights acerca da situação de nosso país.

Brasil não apresenta a quantidade de leitos recomendados pelo Ministério da Saúde

Ao analisarmos o Brasil, observamos que o número de leitos por mil habitantes é de 2,2, número inferior à recomendação¹ do Ministério da Saúde de 2,5 leitos para cada mil habitantes. No entanto, considerando as grandes dimensões geográficas brasileiras, além das diferenças econômicas, sociais e populacionais, a análise do número de leitos por mil habitantes para cada estado é mais coerente.

Sendo assim, chegamos aos seguintes números:

Observando os números, percebemos que apenas 3 dos 27 estados brasileiros alcançam a recomendação do Ministério da Saúde de 2,5 leitos para cada mil habitantes, sendo eles o Distrito Federal, Rondônia e o Rio Grande do Sul. O mapa a seguir fornece uma melhor visualização da situação dos estados brasileiros:

Os números obtidos ainda nos permitem realizar alguns insights a fim de termos padrões comparativos:

  • Rondônia, o estado brasileiro de maior número de leitos a cada mil habitantes, possui índice semelhante à Turquia (2,65) e superior a outros países em desenvolvimento como México e Peru (1,5 e 1,6 respectivamente)²;
  • Sergipe, o estado cujo número de leitos a cada mil habitantes é o menor do país, possui números semelhantes ao de países como Paraguai (1,3), Quênia (1,4) e Indonésia (1,2);
  • São Paulo, o estado mais populoso do Brasil possui índice semelhante ao do Chile, outro país latino-americano em desenvolvimento (2,2);

O cenário muda na saúde suplementar

Se considerarmos apenas o seguimento privado, o cenário é diferente. Nesta situação, 24 dos 27 estados brasileiros alcançam a recomendação do Ministério da Saúde, apenas os estados do Amazonas, Rio Grande do Norte e São Paulo mostram números aquém da recomendação.

Dessa forma, obtemos os seguintes números:

Considerando apenas a saúde suplementar do Brasil, o estado com o maior número de leitos a cada mil habitantes é o Tocantins, com o número de 8,13. Em seguida, observamos o estado de Rondônia, com 6,94 leitos/1000 habitantes e, em terceiro lugar, o estado de Goiás, com 5,41.

Estes números podem ser visualizados na seguinte ilustração:

Dentre as possíveis comparações, podemos destacar:

  • O estado com maior número de leitos por 1000 habitantes, o Tocantins, apresenta índice semelhante ao de países como Alemanha (8,27) e Rússia (8,17);
  • O Amazonas, estado cujo número de leitos por 1000 habitantes é o menor do país, mostra um índice semelhante ao de países como Botsuana (1,8), Peru (1,6) e Zimbábue (1,7);
  • São Paulo, o estado com maior número de beneficiários de planos de saúde do país, apresenta números próximos ao recomendado pelo Ministério da Saúde, e pode ser comparado a países europeus como a Dinamarca (2,5), Irlanda (2,76) e outros países em desenvolvimento, como a África do Sul (2,8);

Por fim, os dados acerca do número de leitos de outros países nos permitem ranquear alguns países, a fim de obter um padrão comparativo para demanda de leitos brasileira:

[1] Métrica estabelecida na Portaria MS/GM n. 1.001 de 13.06.2002.

Essa portaria foi revogada em 2015, dando lugar a novo sistema de cálculo que incluiu especificidades locais de complexidade e demanda. No entanto, utilizamos a média de 2,5 como parâmetro para uma análise geral.

[2] Os dados de leitos acerca dos outros países podem ser obtidos no site da Word Health Organization.

PS: Texto e análise realizada pelo analista Adriano Braga.

O estudo examina a oferta de leitos hospitalares nos 27 estados brasileiros, comparando os dados com a recomendação do Ministério da Saúde de 2,5 leitos por mil habitantes. Apenas três estados atendem a esse critério. A análise também diferencia entre os setores público e privado, revelando disparidades significativas. Compara-se a situação brasileira com outros países, destacando oportunidades e desafios para melhorar a infraestrutura hospitalar.

Quantos leitos hospitalares por mil habitantes o Brasil possui atualmente?
O Brasil possui 2,2 leitos hospitalares por mil habitantes, abaixo da recomendação do Ministério da Saúde de 2,5 leitos.

Quais estados brasileiros atendem à recomendação do Ministério da Saúde?
Distrito Federal, Rondônia e Rio Grande do Sul são os únicos estados que alcançam a meta de 2,5 leitos por mil habitantes.

Como o setor privado influencia a oferta de leitos hospitalares?
No setor privado, 24 dos 27 estados atendem ou superam a recomendação, indicando melhor infraestrutura nesse segmento.

Quais estados apresentam os menores índices de leitos por mil habitantes?
Sergipe possui o menor índice, com números semelhantes a países como Paraguai e Quênia.

Como a oferta de leitos no Brasil se compara internacionalmente?
Alguns estados possuem índices comparáveis a países desenvolvidos, enquanto outros se alinham com nações em desenvolvimento.

Quais são as oportunidades de mercado identificadas?
Há potencial para melhorar a oferta de leitos em estados com baixa cobertura, especialmente na saúde pública.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 4.9 / 5. Número de votos: 15

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Como você achou esse post útil...

Sigam nossas mídias sociais

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn