Dia Internacional da Mulher: Um olhar sobre a presença feminina no setor de saúde

Setor de saúde apresenta importante mudança de perfil nos últimos anos e mulheres começam a ganhar maior protagonismo

"Não há limite para o que nós, como mulheres, podemos realizar."

Michelle Obama

O Dia Internacional da Mulher é uma ótima oportunidade para homenagear todas as mulheres, cada vez mais numerosas em diferentes segmentos econômicos com especial destaque para o setor de saúde.

Segundo dados da Estatística de Gênero pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam cerca de 52% da população do País. O percentual de mulheres empregadas deve chegar a 64,3% em 2030 – 8,2 pontos percentuais acima da taxa em 1992.

Pesquisa global realizada pela plataforma LinkedIn mostra que ainda há espaço para que se atinja uma maior igualdade de gêneros dentro das organizações, e que algumas empresas já mostram resultados positivos ao adotar medidas para aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança.

Na área da Medicina, o ofício era exclusivamente masculino, até 1849, quando a americana Elizabeth Blackwell se tornou a primeira mulher a receber o título de médica no mundo. A primeira médica diplomada em universidade brasileira foi Rita Lobato Lopes, em 1887. A partir dessa data, observamos uma crescente participação feminina no setor.

Apesar da diferença entre os dois gêneros, a taxa das mulheres cresceu 2,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com 2012, quando tem início a série histórica da pesquisa, enquanto a dos homens caiu 1 p.p. no mesmo período.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) indica que as mulheres são a principal força de trabalho da saúde, representando 65% dos mais de seis milhões de profissionais ocupados no setor público e privado, tanto nas atividades diretas de assistência em hospitais, quanto na Atenção Básica. Em áreas como fonoaudiologia, nutrição e serviço social elas ultrapassam 90% de presença, e 80% em enfermagem e psicologia.

Na pesquisa de Demográfica Médica realizada em 2020, médicos homens representavam 53,4% da população de médicos e as mulheres, 46,6%. Trinta anos atrás, em 1990, as mulheres eram apenas 30,8%. Os homens ainda são maioria entre os médicos em atividade no Brasil, mas a diferença em relação às mulheres vem diminuindo.

Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (2022) a distribuição dos médicos segundo gênero por unidade da Federação, no entanto, é bastante heterogênea no País. Se olharmos para os estados do Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba, temos igual ou maior que 50% de presença feminina, porém nas regiões do Amapá e Piauí, a disparidade é maior, com 39% e 40%, respectivamente.

A crescente presença feminina na carreira médica é nítida ainda na evolução da distribuição por gênero ao longo do último século. No Brasil, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê que, até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho em nosso país cresça mais do que a masculina. Os pesquisadores estimam que, daqui a 11 anos, 64,3% das mulheres consideradas em idade ativa, entre 17 e 70 anos, estarão empregados ou buscando trabalho.

Todos os anos, a Forbes elenca o protagonismo feminino em uma lista de mulheres que se destacam em suas áreas. Elas não são apenas líderes em suas áreas, mas são modelos que ajudam a transformar seu ambiente profissional e a sociedade como um todo. Podemos citar:

Em seus projetos de consultoria, a XVI Finance teve a oportunidade de trabalhar junto com grandes exemplos de mulheres em cargos de liderança no Sistema Unimed. Abaixo compartilhamos seus depoimentos:

A feminilização no setor de saúde tem sido foco de diversos estudos ao redor do mundo, como destaca a Demografia Médica (2020). O objetivo dos estudos não está restrito a compreender o impacto da feminilização no setor, mas também na busca por análise da desigualdade de gênero no que tange a participação das mulheres e suas respectivas remunerações, campos de atuação e especialidades.

Uma vez que existem evidências de que mulheres são remuneradas de maneira inferior aos homens, cabe a todos acompanhar e contribuir para que os estudos saiam do campo acadêmico e sejam aplicados no dia a dia, com ações concretas que possam garantir os direitos e a qualidade do trabalho de todas as mulheres.

Cientes de que há um caminho a ser percorrido e da nossa responsabilidade nessa construção, dedicamos esse texto a todas as clientes, parceiras e colaboradoras da XVI Finance.

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