Olá, caro leitor!
No cenário atual, com o aumento expressivo de falências empresariais devido à crise econômica, estou observando como esse fenômeno impacta diretamente as operadoras de saúde, especialmente aquelas com carteiras focadas em pequenas e microempresas.
No atual contexto da crise do novo Coronavírus, muito tem sido falado acerca dos inevitáveis impactos negativos na economia brasileira neste ano. Com base nas previsões econômicas do Fundo Monetário Internacional (FMI), analisamos os possíveis desdobramentos desta recessão no nível de emprego brasileiro em uma publicação e analisamos este impacto durante uma palestra online de nosso diretor Prof. Dr. Adriel Branco.
Na publicação de hoje (a primeira de uma série de comentários econômicos que serão feitos pela nossa equipe), analisaremos uma das maiores preocupações diante da crise: o número de falências.
É provável que haja defasagem entre uma empresa entrar em dificuldades financeiras e decretar falência, existindo assim, um “represamento de falências” que irão ocorrer. Mesmo assim, verifica-se uma elevação de 50% no número de falências decretadas entre maio e junho deste ano e de 32% contra junho do ano anterior e podemos esperar que esse número cresça ainda mais nos próximos meses.
A falência de empresas, além dos efeitos já conhecidos de aumento do desemprego, também tem um relevante efeito negativo: a perda de capacidade produtiva, isto é, a perda de capacidade de oferta da economia.
No entanto, a saída de empresas do mercado não se dá apenas dessa maneira. Os empreendedores podem, diante de dificuldades, optar pelo encerramento das atividades antes de atingir o nível de falência. Assim, devemos também analisar o número de empresas que fecharam suas portas neste período de crise. O SEBRAE em seu levantamento² mais recente (de abril) constatou que 602 mil empresas já haviam fechado suas portas em decorrência da crise do Novo Coronavírus.
E como isso impacta as operadoras de saúde?
A intensidade do impacto nas Operadoras de Saúde dependerá da natureza de suas carteiras. Como é de se esperar, as micro e pequenas empresas sofrem mais intensamente e mais rapidamente com a crise se comparadas às médias e grandes empresas.
Assim, operadoras cuja carteira têm, majoritariamente, planos empresariais de empresas menores devem se atentar mais a este aspecto. Outro ponto que demanda atenção são os setores em que essas empresas atuam. Serviços não essenciais como a hotelaria, agências de turismo e outras atividades relacionadas ao lazer estão sendo mais impactados pela crise.
Segmentando os dados de falência por porte da empresa, já conseguimos observar um aumento de 73% no número de falências de micro e pequenas empresas entre maio e junho deste ano. No mesmo período, não se nota um aumento tão significativo nos dados de médias e grandes empresas
Outro fator que favorece as grandes empresas quando falamos de enfretamento de crises é que, em geral, estas têm planos e reservas para passar pelo momento adverso, assim como, acesso a linhas de crédito e mercado de capitais com maior facilidade. Assim mesmo que hajam cortes de pessoal, o impacto no número de beneficiários das OPS poderá ser proporcionalmente menor
Diante deste cenário, pode ser benéfico para as OPS traçar estratégias específicas para renegociação de contratos conforme o perfil de cada cliente. E ainda elaborar planos para retenção de beneficiários pessoa física a fim de mitigar os efeitos das possíveis perdas.
Como já citamos anteriormente, a crise do Novo Coronavírus deverá ser fator catalisador de consolidação das Operadoras de Saúde mais eficientes. Por isso, é importante estar atento ao mercado, além de potenciais oportunidades e ameaças.
O Sistema Unimed pode contar com a XVI Finance para superar os efeitos da crise e garantir sobrevivência das cooperativas. Contate um consultor para mais informações.
Ps: Texto realizado pelo analista Adriano Braga, com apoio do Diretor de Negócios Prof. Dr. Adriel Branco.
Fontes: ¹Serasa Experian | ²SEBRAE
Com a crise econômica, as falências de empresas dispararam, afetando especialmente micro e pequenas empresas. Isso gera uma preocupação significativa para as operadoras de saúde, que podem enfrentar uma redução em suas bases de clientes empresariais. A capacidade de resposta dessas operadoras, com estratégias de retenção e renegociação, será crucial para minimizar as perdas. Além disso, as grandes empresas tendem a suportar melhor a crise, mas ainda assim, o setor de saúde deve estar atento às mudanças no mercado.
Saiba mais sobre
Qual o aumento no número de falências entre maio e junho de 2020?
O aumento foi de 50%.
Como as micro e pequenas empresas estão sendo impactadas pela crise?
Elas são as mais afetadas, com um aumento de 73% nas falências entre maio e junho de 2020.
Por que as grandes empresas são menos afetadas pela crise?
Elas geralmente têm reservas financeiras e acesso mais fácil a crédito, permitindo uma melhor resistência à crise.
Como as operadoras de saúde devem responder ao aumento de falências?
Devem criar estratégias específicas para renegociação de contratos e retenção de beneficiários.
Quais setores empresariais estão sendo mais impactados pela crise?
Setores de serviços não essenciais, como hotelaria e turismo, estão sofrendo mais.
Qual é o impacto geral das falências nas operadoras de saúde?
A redução na capacidade produtiva das empresas pode levar a uma perda de beneficiários para as operadoras de saúde.
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