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O prazo de duração da crise do Coronavírus e os impactos negativos sobre a economia ainda são incertos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta terça-feira (14), um novo relatório com estimativas do PIB mundial em 2020, reduzindo as expectativas de crescimento para o ano devido à crise gerada pela pandemia. Nesse documento, o FMI estima uma queda de 5,3% para o PIB do Brasil.
Caso a previsão da autoridade se concretize, essa se consolidaria como a pior recessão da economia brasileira na história recente. Se utilizarmos dados do IBGE para a comparação da evolução do PIB brasileiro a partir de 1962, o ano de 2020 apresentaria o pior desempenho da economia do país, seguido por 1990 com queda de 4,35% e 1981 com redução de 4,25%.
Abaixo é apresentado um gráfico com a evolução do PIB brasileiro a partir de 1962, destacando as recessões mais graves e os principais acontecimentos nesse período
1981 e 1983:
A crise da década de 80 é uma crise de endividamento. O país, a época, utilizava recursos emprestados para colocar em prática suas políticas de desenvolvimento. Com os choques do petróleo nos anos anteriores, o mundo passou por uma queda na atividade econômica e, com isso, passou a consumir menos commodities produzidas no Brasil, como café e cacau. Dessa forma, a economia brasileira foi prejudicada.
1990:
A maior recessão já registrada pelo IBGE, com queda de 4,3% do PIB. Num cenário de hiperinflação, Collor – no início de seu mandato – lançou o plano que levou seu nome, conhecido pelo confisco da poupança. Com a retirada de moeda de circulação, numa tentativa de frear a inflação, observou-se, na realidade, a recessão.
1992:
As tentativas de frear a inflação foram, até o momento, insuficientes. Neste ano, ocorreu o impeachment de Collor e a economia, na expectativa do que poderia acontecer, reduziu a atividade.
2009:
Também conhecida como crise do subprime, foi causada pela incapacidade de pagamento de empréstimos hipotecários, culminando em uma crise de crédito nos EUA que se alastrou via mercados financeiros para o resto do mundo. Neste cenário, até bancos tradicionais, como o Lehman Brothers, fecharam suas portas.
2015 e 2016:
A crise de 2015 veio em decorrência do endividamento brasileiro e necessidade de um ajuste fiscal. Ainda, segundo a economista Zeina Latiff, a instabilidade política tirou do governo a capacidade de reação, agravando o cenário de dívida alta.
2020:
Em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, muitos países ao redor do mundo tiveram de paralisar sua economia e devem passar por recessão nesse ano. Nesse cenário, destaca-se a previsão do FMI, o aumento do desemprego e consequentemente impacto no número de beneficiários da saúde suplementar.
Aplicando a mesma metodologia utilizado em recente artigo (O impacto da recessão nas Operadoras de Saúde), caso a previsão se concretize, pode-se esperar uma redução de até 3,5 milhões de beneficiários na saúde suplementar.
Destacamos que as operadoras terão que usar de medidas de austeridade e aumentar a eficiência para que possam superar esse período de crise (veja o Plano de Gestão de Crise recomendado pela XVI Finance para o setor).
O Sistema Unimed pode contar com a XVI Finance para superar os efeitos da crise e garantir sobrevivência das cooperativas. Contate um consultor para mais informações.
Ps: Textos e análises realizadas pelo analista Adriano Braga.
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