O aumento no número de falências de empresas pode afetar as operadoras de saúde?

Entenda o impacto das falências de pequenas e médias empresas nas operadoras de saúde e as alternativas para mitigar os riscos nesse cenário econômico desafiador.

A crise econômica gerada pela pandemia tem causado um aumento significativo nas falências de empresas, impactando diversos setores, incluindo o de saúde. Como operadora de saúde, é essencial entender como essas mudanças podem afetar sua carteira de clientes e explorar estratégias para se adaptar a essa nova realidade.

A pandemia causada pelo novo coronavírus gerou impactos negativos inevitáveis na economia mundial. Na publicação de hoje, analisamos os efeitos no número de falências no cenário brasileiro e como isso afeta as operadoras de saúde, conforme tratamos anteriormente, saiba mais.

Vale ressaltar que a falência de empresas, além de contribuir com o desemprego, também tem outro efeito negativo: a perda de capacidade produtiva, ou seja, a perda de capacidade de oferta da economia.

Segundo o relatório de indicadores econômicos disponibilizado pelo Serasa Experian, o pico aconteceu no mês de junho de 2020, chegando a um total 77 falências decretadas – 59 delas de empresas de micro e pequeno porte. Os meses subsequentes estavam em queda, no entanto, tivemos um aumento de 25% no último trimestre do ano.


Além disso, as recuperações judiciais (RJ) também tiveram um salto de 56% no mês de junho se comparadas ao ano anterior, atingindo o pico no mês de agosto com 133 recuperações judiciais deferidas. Destas, 64,6% foram para micro e pequenas empresas, conforme podemos acompanhar no gráfico abaixo.


E como isso impacta as operadoras de saúde?

O impacto está relacionado à natureza de suas carteiras. Segundo a ANS, hoje no Brasil 67,6% do tipo de contratação é formado por planos coletivos empresariais, seguido por 18,9% de planos individuais ou familiares e 13,2% de coletivo por adesão. O gráfico abaixo nos mostra a composição das carteiras por região do país.


Conforme vimos nos gráficos acima, as micro e pequenas empresas sofreram mais intensamente e mais rapidamente com a crise quando comparadas às empresas de médio e grande porte, representando 72,8% do total de todas as falências decretadas e 62,9% das RJs deferidas durante o ano de 2020. Dessa forma, operadoras com carteiras formadas majoritariamente por planos empresariais de empresas menores podem ser mais impactadas.

Mais um ponto de destaque para reflexão: os setores em que as empresas atuam. De acordo com o Ministério da Economia, as atividades mais prejudicadas foram aquelas relacionadas a serviços, lazer, eventos e turismo, cuja demanda continua sendo afetada pelas restrições sanitárias. Um ranking de 34 atividades mais impactadas pela pandemia foi divulgada com base na variação do fatura       mento do setor, entre elas estão: transporte aéreo, serviços de alojamento e alimentação, educação e saúde privada, entre outras.

Diante deste cenário, uma das alternativas para as operadoras é traçar estratégias específicas para renegociação de contratos conforme o perfil e porte de cada cliente. Outro ponto importante é a elaboração de planos para retenção de beneficiários da pessoa física, a fim de reduzir os efeitos das possíveis perdas.

Como já citamos anteriormente, a crise causada pela pandemia do novo coronavírus deverá ser fator catalisador de consolidação das operadoras de saúde mais eficientes, conforme temos observado. Por isso, é importante estar atento ao mercado, além de potenciais oportunidades e ameaças.


O aumento nas falências de empresas durante a pandemia está afetando significativamente as operadoras de saúde, especialmente aquelas com carteiras dominadas por planos empresariais. A crise atingiu com mais força as micro e pequenas empresas, que são grandes clientes das operadoras. Para mitigar esses impactos, as operadoras precisam adotar estratégias de renegociação de contratos e focar na retenção de clientes individuais. É crucial estar atento às mudanças no mercado para identificar oportunidades e enfrentar as ameaças que surgem neste cenário.

Saiba mais sobre

Como o aumento das falências afeta as operadoras de saúde?
As operadoras com carteiras de planos empresariais, especialmente de pequenas empresas, enfrentam riscos maiores de perda de clientes.

Quais setores foram mais afetados pela crise?
Setores como serviços, turismo, lazer, e educação privada foram os mais impactados.

Qual a proporção de planos empresariais nas carteiras das operadoras? Aproximadamente 67,6% dos planos são coletivos empresariais.

Como as operadoras podem mitigar os impactos das falências?
Focando na renegociação de contratos e na retenção de clientes individuais.

Quais tipos de empresas foram mais afetadas pelas falências?
Micro e pequenas empresas sofreram o maior impacto.

Quais estratégias as operadoras devem adotar?
Estratégias de retenção e renegociação de contratos, adaptadas ao porte e perfil dos clientes.

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