O Valor do Planejamento Estratégico: foco em eficiência, qualidade e gestão.

Planejamento Estratégico

Tendo atuado como consultor financeiro dentro do Sistema UNIMED há mais de 10 anos, vejo o quanto o setor mudou ao longo do tempo, passando por várias medidas e (des)regulações que aumentaram a competição no mercado de Planos de Saúde.

Com isso em mente, deve-se pensar: o que acontecerá com aquelas Operadoras de Saúde que não se adaptarem à “nova era” do setor de saúde suplementar? Um dos conceitos mais difundidos na área de Economia é o fato de que, com o aumento da competição, os riscos de se operar de forma ineficiente aumentam de forma drástica.

Ou seja, em um ambiente de pouca competição, a ineficiência pode simplesmente ser “repassada” ao consumidor final, por meio de aumento nos preços e/ou diminuição da qualidade nos serviços. Esse foi especialmente o caso do setor de Saúde Suplementar, o que contribuiu para tornar o Sistema Unimed o maior plano de saúde nacional.

Este cenário de ineficiência foi construído por dois fatores:

  1. Poucas empresas participantes, devido à restrição ao capital estrangeiro;
  2. Baixa disponibilidade de médicos no país. Atualmente o Brasil ainda ocupa o penúltimo lugar no ranking da OCDE, com 2,1 médicos para cada 1.000 habitantes. A média dos países da OCDE é de 3,4.

(Veja o estudo aqui da USP sobre a demografia médica no Brasil, pag 122: https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/DemografiaMedica2018.pdf)

O novo cenário do setor

No entanto, desde a abertura, em 2015, do setor de saúde a investidores internacionais, uma série de grupos de investimento enxergou no Brasil uma oportunidade única, com base por em três pontos chave:

I) Baixo comprometimento com a gestão: em boa parte das Operadoras de Saúde, a gestão de resultados ainda é feita de forma rudimentar, com pouco planejamento, falta de visão estratégica e decisões lentas tomadas sem a devida informação;

II) Ampla demanda por serviços de saúde: de Norte a Sul, Leste a Oeste do país, há a necessidade de aumento na oferta de serviços privados de assistência à saúde, tais como Centros Médicos e Hospitais. Ademais, a expectativa de envelhecimento da população;

III) Rápido crescimento da disponibilidade de profissionais com a abertura dos novos cursos realizados no país na última década, com capacidade para dobrar a oferta de novos médicos em cerca de 10 a 12 anos. (Veja a página 35 da Demografia Médica citada)

O desenvolvimento desta história já é de nosso conhecimento há alguns anos. Em resumo, grandes grupos como AMIL, Notredame Intermedica e Hapvida, com amplo acesso ao mercado financeiro internacional, estavam preparados para implementar sua estratégia de crescimento. Com um montante substancial de investimentos, os grupos vêm aumentando suas carteiras de beneficiários de forma substancial ao longo dos últimos anos.

Como o Sistema UNIMED se encontra neste cenário

Muitos me perguntam: Prof. Adriel, se você disse que a demanda por serviços de saúde é alta, isso significa que a o sistema UNIMED deverá ser beneficiado? A minha resposta é categórica: muito pelo contrário. O sistema UNIMED, neste cenário, é quem mais vai sofrer.

Por que? Com a chegada destes grupos, que prezam pela eficiência a todo momento, o consumidor final passa a ter à sua disposição diversos produtos concorrentes ou substitutos. Agora, com produtos “similares” e preços reduzidos, os grandes grupos passam não somente a gerar negócios com novos usuários de planos de saúde, como também capturam beneficiários de outros concorrentes menos competitivos. Este caso é mais acentuado quando tratamos de contratos empresariais, quando a negociação geralmente é feita empresa a empresa.

Portanto, quem não se adapta às mudanças, passa a ter que arcar com seus custos (e principalmente com seus desperdícios) com uma base cada vez menor de receitas. Infelizmente sabemos (por várias experiências dentro do sistema UNIMED) que nem sempre isso é possível, e a liquidação é o desfecho final.

Com base em tudo isso, como o sistema UNIMED deve reagir?: é mais simples do que parece. Porém, requer foco em eficiência, gestão e cooperação.

Em minha próximo publicação, buscarei detalhar, em linhas gerais, como é desenvolvida a estratégia de crescimento de sucesso das grandes Operadoras de Saúde e como nós, na XVI Finance, trabalhamos para preparar nossos clientes UNIMEDS para os grandes desafios dos próximos anos

Viabilidade para Negócios na Saúde

A consultoria XVI Finance, com sede em Ribeirão Preto (SP), desenvolve projetos na área da saúde exclusivamente para operadoras de saúde, cooperativas médicas, clínicas e hospitais. Seu escopo de atuação é direcionado para melhorar o desempenho financeiro de seus clientes mediante o direcionamento estratégico e desenvolvimento de projetos de investimento.

A XVI Finance sempre atuou com pioneirismo na área de saúde e começa a agora a colher os frutos dessa postura. “Estamos prospectando outros clientes, sendo que novos projetos similares se encontram contratados e devem gerar algo próximo a R$ 200 milhões de valor de fundos”, conclui o Prof. Dr. Adriel Branco, sócio fundador da XVI Finance, e idealizador do primeiro Fundo de Investimento Imobiliário (FII) para a construção de um Hospital, o Hospital Unimed Sul Capixaba (HUSC 11).

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