O Valor do Planejamento Estratégico: A estratégia dominante

Em minha primeira publicação sobre O Valor do Planejamento Estratégico, discuti a recente investida dos grandes grupos que atuam no setor de saúde suplementar. Casos como Hapvida, Notredame Intermédica, Amil e São Francisco (que recentemente foi comprado pela Hapvida) estão nas discussões dos principais players do mercado de saúde, especialmente dentro do sistema Unimed.

Por mais que a investida destes grandes grupos tenha sido notada de forma clara pelo setor, muitos acham que é preciso de muitos recursos para operar de forma similar. O que venho defendendo é justamente o contrário.

É possível que as cooperativas de pequeno, médio ou grande porte, consigam competir neste mercado, adotando práticas de gestão que garantam sua sustentabilidade financeira em meio à turbulência que ocorre atualmente no mercado.

O Tripé da Sustentabilidade no Setor de Saúde

Para entender como isso é possível, é preciso primeiramente entender qual é a estratégia competitiva destes grandes grupos. Nós, aqui na XVI Finance, estamos há tempos estudando as principais características e movimentações destes players, e nossas conclusões apontam para a estratégia dominante baseada em três grandes pilares:

(Em teoria dos jogos, uma estratégia dominante ocorre quando ela é melhor do que qualquer outra estratégia, independente das decisões dos demais jogadores)

I)   Eficiência em Custos: como a competição é acirrada, não há mais espaços para desperdícios, impossibilitando repassar a ineficiência aos preços. Desta forma, é preciso buscar fazer cada vez mais com menos, sem perder a garantia de qualidade, de forma a possibilitar um preço de mercado competitivo e justo com a sociedade;

II)    Estratégia de posicionamento de Mercado: Operadoras de Saúde de sucesso não ampliam sua atuação comercial de forma aleatória. Muito pelo contrário, elas sabem exatamente quais são os pontos fracos, seus diferenciais, as ameaças e oportunidades de cada uma das possíveis áreas de atuação antes mesmo de iniciar qualquer tipo de investimento;

III)    Sustentabilidade Financeira: em todo novo projeto, é preciso avaliar a viabilidade econômico-financeira do investimento. Ou seja, a implementação de projetos que aumentem a satisfação do cliente é condição necessária, porém não suficiente, para que um projeto seja implementado.etição é acirrada, não há mais espaços para desperdícios, impossibilitando

Comento durante minhas visitas ao Sistema Unimed que estes três pontos formam o chamado Tripé da Sustentabilidade no Setor de Saúde: na ausência de sequer um deles, a estratégia competitiva das empresas tende a ser ineficaz no longo prazo. Note que, por mais simples que seja, conseguimos ver, por diversos dados e fatos, que estes três pontos fazem parte da estratégia competitiva dos grandes grupos de saúde:

Fato 1: a Sinistralidade (em %) destes grandes grupos ao longo dos últimos 5 (cinco) anos é, em média, 73,5%. Tal valor, se comparado à sinistralidade média de todo o Sistema de Cooperativas de Saúde, de 78,7%, é um valor muito menor, deixando evidente o potencial de tais grupos em controle de custos. Além disso, por trabalharem com menores níveis de ticket-médio, tais grupos apresentam-se altamente competitivos frente ao restante do mercado. De fato, a média dos últimos 5 (cinco) anos destes valores para tais Operadoras é de R$ 148, um valor muito menor do que o sistema Unimed, de R$ 226.

É verdade que uma parte desta diferença pode ser explicada pelo repasse ao cooperado em sua função de valorização da remuneração e profissão médica. Mas é apenas uma pequena parte. A maior fatia é de desperdício mesmo.

Fato 2: a expansão destes grupos se dá de forma extremamente ordenada e planejada. O Grupo São Francisco, por exemplo, geralmente alia a compra de carteiras em regiões onde há um grupo menor de competidores, além da disponibilidade de construção/compra de recursos próprios;

Fato 3: a valorização das ações dos grupos Hapvida, Amil e Notredrame Intermédica foi de 200% em média, o que mostra a aceitação do mercado quanto ao modelo de negócio dos grupos. Isso mesmo que você leu: 200% de valorização!

(Para mais informações acesse o R.I. das operadoras Hapvida e NotreDame Intermédica)

Portanto, por mais que possa parecer algo fora da realidade de uma cooperativa médica, acredite em mim: é possível implementar a mesma estratégia sem prejudicar a qualidade do serviço ao consumidor final.

Na próxima semana, comentarei sobre um modelo prático de como incorporamos os três pontos chave do Tripé da Sustentabilidade na Saúde dentro das Unimeds em que atuamos através de um Planejamento Estratégico.

Um grande abraço e uma ótima semana!

Viabilidade para Negócios na Saúde

A consultoria XVI Finance, com sede em Ribeirão Preto (SP), desenvolve projetos na área da saúde exclusivamente para operadoras de saúde, cooperativas médicas, clínicas e hospitais. Seu escopo de atuação é direcionado para melhorar o desempenho financeiro de seus clientes mediante o direcionamento estratégico e desenvolvimento de projetos de investimento.

A XVI Finance sempre atuou com pioneirismo na área de saúde e começa a agora a colher os frutos dessa postura. “Estamos prospectando outros clientes, sendo que novos projetos similares se encontram contratados e devem gerar algo próximo a R$ 200 milhões de valor de fundos”, conclui o Prof. Dr. Adriel Branco, sócio fundador da XVI Finance, e idealizador do primeiro Fundo de Investimento Imobiliário (FII) para a construção de um Hospital, o Hospital Unimed Sul Capixaba (HUSC 11).

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