A Eficiência das Operações Compromissadas na Gestão de Caixa: Comparativo com RDCs e Instrumentos de Renda Fixa de Curto Prazo

A gestão de recursos financeiros em horizontes muito curtos exige critérios que vão além da taxa de remuneração anunciada. Instituições que operam com alta rotatividade de caixa, como é comum no setor das Instituições de Saúde, precisam considerar variáveis como liquidez, previsibilidade de retorno e, sobretudo, a incidência de tributos que impactam diretamente o rendimento efetivo da aplicação.

Instrumentos tradicionais de renda fixa — como Recibos de Depósito Cooperativo (RDCs) e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) — são frequentemente utilizados com foco em segurança e estabilidade. No entanto, quando direcionados a aplicações inferiores a 30 dias, sua eficiência pode ser significativamente comprometida pela cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota é regressiva, mas especialmente onerosa nos primeiros dias.

Neste contexto, as operações compromissadas surgem como alternativa mais eficaz para a alocação de recursos no curtíssimo prazo. Com liquidez diária, estrutura simples e isenção de IOF, essas operações proporcionam um resultado líquido superior à maioria dos instrumentos bancários convencionais quando o horizonte da aplicação é reduzido.

Comparação de Desempenho: RDCs e Operações Compromissadas

Enquanto RDCs e CDBs entregam remuneração bruta geralmente próxima a 100% do CDI, o rendimento líquido efetivo em aplicações de curto prazo pode ser reduzido em até 96% devido ao IOF nos primeiros dias. Já nas operações compromissadas, a ausência desse tributo preserva quase integralmente o retorno contratado, o que as torna mais vantajosas quando o recurso precisa permanecer alocado por poucos dias.

A simulação a seguir compara os resultados líquidos de um RDC a 100% do CDI e de uma compromissada a 90% do CDI, em períodos de um a cinco dias úteis, considerando:

A tabela demonstra que, apesar de a taxa contratada nos RDCs ser superior, o resultado líquido obtido com operações compromissadas permanece mais elevado em todos os prazos considerados. Esse desempenho é consequência direta da isenção de IOF nas compromissadas, o que permite melhor aproveitamento da remuneração contratada em prazos curtos.

O gráfico a seguir apresenta o mesmo comparativo em formato visual, permitindo observar a diferença acumulada de forma progressiva ao longo dos dias.

Características das Operações Compromissadas

As operações compromissadas são acordos de recompra com vencimento previamente definido, lastreados em títulos públicos ou privados de elevada liquidez. Apresentam liquidez diária, previsibilidade de retorno e baixa complexidade operacional. Por essas características, são amplamente utilizadas por tesourarias corporativas, fundos de investimento e instituições financeiras para alocação de recursos em períodos curtos, sem exposição a volatilidade ou tributação excessiva.

Aplicações financeiras de curto prazo devem ser avaliadas a partir do retorno líquido efetivo, e não apenas da taxa bruta contratada. Em prazos inferiores a 15 dias, a escolha de instrumentos sujeitos ao IOF, como RDCs e CDBs, pode comprometer a eficiência da gestão de caixa. As operações compromissadas se apresentam, nesse contexto, como uma alternativa tecnicamente superior, oferecendo maior rentabilidade líquida, isenção tributária e liquidez compatível com as necessidades operacionais de instituições que trabalham com ciclos financeiros intensos.

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