A importância de novas receitas para a geração de resultados

Entendo que, no cenário atual, as operadoras de saúde enfrentam desafios significativos para manter resultados operacionais positivos. No entanto, explorar novas fontes de receita, como rendimentos financeiros e patrimoniais, pode ser crucial para garantir a sustentabilidade e melhorar os resultados.

Conforme visto em nossa última publicação, as operadoras de saúde têm apresentado grande dificuldade para a geração de resultados operacionais positivos.

No 1º semestre de 2023, o prejuízo operacional foi de R$ 4,3 bilhões. O montante impressiona, mas é inferior ao obtido no mesmo período de 2022, com prejuízo acumulado de R$ 5,4 bilhões.

Em ambos os casos, as receitas patrimoniais e financeiras foram responsáveis por amenizar essas perdas e até mesmo por revertê-las em resultados positivos, como ocorreu novamente no 1º semestre de 2023.


O resultado financeiro foi responsável por gerar um acréscimo de R$ 4,9 bilhões no 1º semestre de 2022, e de R$ 5,9 bilhões no 1º semestre de 2023. Esse tem sido o principal fator de sustentação dos resultados positivos de boa parte das operadoras de saúde nos últimos anos.


Os resultados patrimoniais também se demonstraram significativos para as operadoras de planos de saúde fecharem suas contas no positivo. No 1º semestre de 2022 foram obtidos R$ 156 milhões de reais e, no 1º semestre de 2023, R$ 550 milhões.


No cenário ideal, as operadoras de saúde não deveriam depender desses resultados para a sua sustentabilidade, algo que deveria ser gerado principalmente em sua operação. Porém, o desempenho alcançado por meio dos rendimentos financeiros e patrimoniais ajudaram no aumento significativo da quantidade de operadoras de saúde com resultados líquidos positivos em 2023, passando de 57,9% no 1º semestre de 2022 para 67,7% no mesmo período de 2023.


Fontes de novas receitas para as operadoras de saúde no cenário atual

Além de apontar os problemas, faz-se necessário avançar as discussões para respostas propositivas a respeito da dificuldade em se gerar resultados positivos dentro das operadoras de saúde. Dentre estas questões, elencamos a seguir algumas frentes de trabalho possíveis para reduzir o problema.

I) Recursos Próprios

As operadoras de saúde geralmente realizam a verticalização da sua operação com o objetivo de atender apenas a sua carteira de beneficiários. Contudo, parte destes recursos apresentam alta ociosidade, o que poderia ser reduzida a partir do atendimento de outros grupos, como planos de saúde e particulares. Normalmente, quando esta proposta de atendimento é discutida dentro das operadoras de saúde, a resposta mais comum para justificar a negativa de atendimento do porquê não atender a esses públicos está em: “não podemos atender aos nossos concorrentes”.

Essa alternativa deve ser utilizada com o objetivo de se converter esses beneficiários em clientes do plano, de forma a agregar novas receitas aos recursos próprios e reduzir a ociosidade, de maneira a também não incentivar aos concorrentes os investimentos em recursos próprios na área de ação da operadora.

II) Ampliação da Atuação na Saúde Suplementar

A existência de grandes montantes de ativos garantidores e ativos livres permitem às operadoras auferirem receitas financeiras para se apoiarem em momentos de dificuldades na geração de resultados operacionais. Para isso, faz-se necessária a constituição de uma política de investimentos adequada. Estratégias nesse sentido são tomadas tanto com o objetivo de maior previsibilidade e rendimentos, quanto no de proteção patrimonial e jurídica. Para esta frente de trabalho, devemos contar com o apoio de uma empresa especializada em gestão de ativos para não cair em armadilhas. Além disso, podem ser exploradas novas oportunidades, como o financiamento à rede prestadora.

Se você não conhece em profundidade as diferentes oportunidades de geração de resultado por meio destas soluções, entre em contato conosco.

Em nossa próxima publicação vamos mostrar como as operadoras de saúde tem se adaptado ao novo momento de mercado por meio da mudança no perfil de formas de pagamento.

No contexto das operadoras de saúde, a geração de resultados positivos tem se mostrado desafiadora. No entanto, ao explorar novas receitas, especialmente por meio de rendimentos financeiros e patrimoniais, é possível reverter prejuízos operacionais e melhorar a sustentabilidade. A adoção de políticas de investimento adequadas e a utilização inteligente de recursos próprios são estratégias fundamentais para alcançar esse objetivo e assegurar a saúde financeira das operadoras.

Saiba mais sobre

Por que novas receitas são importantes para as operadoras de saúde?
Novas receitas são essenciais para garantir a sustentabilidade e melhorar os resultados financeiros, compensando possíveis prejuízos operacionais.

Quais tipos de receitas têm ajudado as operadoras a se manterem no positivo?
Receitas financeiras e patrimoniais têm sido fundamentais para reverter prejuízos e garantir resultados líquidos positivos.

Como as operadoras podem reduzir a ociosidade dos recursos próprios?
Atendendo outros públicos, como planos de saúde concorrentes e particulares, sem incentivar a concorrência na sua área de atuação.

Qual é o impacto das políticas de investimento para as operadoras?
Políticas de investimento adequadas permitem maior previsibilidade de rendimentos e proteção patrimonial, essenciais em momentos de dificuldade operacional.

Quais foram os resultados financeiros das operadoras no 1º semestre de 2023?
As operadoras geraram um acréscimo de R$ 5,9 bilhões em receitas financeiras, contribuindo para resultados positivos.

O que deve ser considerado ao explorar novas fontes de receita?
A importância de contar com empresas especializadas em gestão de ativos para evitar riscos e aproveitar oportunidades financeiras de maneira segura.

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