Diversificação de riscos e captação com investidores
A estrutura de cotas dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) é um elemento essencial para determinar o nível de risco e retorno de cada investidor dentro do fundo. Como ilustrado na imagem ao final, a estrutura é composta por três classes principais de cotas: Sênior, Mezanino e Subordinada, cada uma com características específicas em relação à proteção contra perdas e retorno financeiro.
Cota Sênior
A cota Sênior é a mais segura dentro da estrutura do FIDC, pois conta com a garantia das demais classes. Os investidores desta cota possuem um retorno estabelecido e só sofrem perdas caso todas as garantias das outras classes sejam consumidas. Dessa forma, é a cota mais atrativa para investidores com perfil conservador, pois oferece previsibilidade e menor exposição ao risco. No exemplo mostrado, a cota Sênior representa 60% do fundo.
Normalmente, o fundo utiliza-se dessa cota para captar a maior parte dos recursos com investidores no mercado (fundos de investimentos, investidores institucionais, pessoas físicas etc);
Cota Mezanino
A cota Mezanino funciona como um intermediário entre a cota Sênior e a cota Subordinada. Ela possui garantia da cota Subordinada e, ao mesmo tempo, serve como garantia para a cota Sênior. Isso significa que os investidores dessa classe têm um nível de risco maior que os da cota Sênior, mas, em contrapartida, podem obter uma taxa de retorno mais elevada. No fundo exemplificado, essa cota representa 15% do fundo.
Cota Subordinada
A cota Subordinada é a que assume o maior risco dentro do FIDC, pois sua principal função é servir de garantia para as demais classes de cotistas. Os investidores dessa cota recebem o resultado residual do fundo, ou seja, seu retorno depende do desempenho do portfólio de recebíveis. Além disso, não há taxa de retorno contratada, tornando essa cota uma opção mais arriscada, mas com potencial de ganhos elevados. No fundo apresentado, a cota Subordinada corresponde a 25% do fundo.
Grau de Subordinação
Um aspecto relevante dessa estrutura é o grau de subordinação, que indica a porcentagem do fundo que está abaixo da cota Sênior em termos de risco. No exemplo, esse grau é de 40%, o que significa que há uma proteção significativa para os investidores da cota Sênior, pois as perdas só impactarão essa classe caso as cotas Mezanino e Subordinada já tenham absorvido eventuais prejuízos.

Conclusão
A estrutura de cotas dos FIDCs permite uma segmentação de risco e retorno, atendendo diferentes perfis de investidores. Enquanto as cotas Sênior oferecem maior segurança e previsibilidade, as cotas Mezanino e Subordinada possibilitam retornos mais atrativos, mas com maior exposição ao risco. Esse modelo é essencial para atrair capital ao fundo e garantir a viabilidade das operações de crédito estruturado no setor de saúde e em outras áreas da economia.
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