Apesar da melhora na sinistralidade, o setor de saúde suplementar apresenta resultados operacionais negativos no 3T de 2023.

Apesar da melhora na sinistralidade, o setor de saúde suplementar apresenta resultados operacionais negativos no 3T de 2023.

No terceiro trimestre de 2023, o setor de saúde suplementar continuou enfrentando desafios significativos. Embora a sinistralidade tenha mostrado uma leve melhora, os resultados operacionais ainda foram negativos, refletindo a complexa situação financeira das operadoras.

Neste estudo, analisamos as seguintes modalidades: autogestão, cooperativas de trabalho médico, filantropia, medicina de grupo e seguradoras.

O resultado operacional foi negativo em aproximadamente R$6,3 bilhões de reais até o 3T de 2023. Os menores resultados foram da Amil, com déficit de R$2,6 bilhões, seguido de Bradesco Saúde, com R$1,2 bilhões e Unimed Rio com R$981 milhões de reais.

Já os resultados líquidos, ou seja, aqueles que consideram as receitas financeiras e patrimoniais, permanecem positivos desde o 1T de 2023 e atingiram o montante de aproximadamente R$2,3 bilhões.


A análise do resultado operacional por modalidade no 3T de 2023 segue a mesma tendência de resultados negativos e crescentes dentro de 2023, porém melhores do que o mesmo período de 2022.


A porcentagem de operadoras de saúde com resultado operacional positivo foi maior do que o apresentado no mesmo período de 2022. Naquele período, apenas 36,7% das operadoras apresentavam resultados operacionais positivos, para 2023, esse valor chegou a 49,5%.


A sinistralidade também apresentou uma melhora sensível dentro das categorias analisadas. Em relação ao 3T de 2022, houve uma redução de 2,13 p.p. e praticamente o mesmo valor do 2T de 2023.


A avaliação por modalidade de operadora mostra reduções na sinistralidade para todas as categorias em relação ao mesmo período de 2022, exceto para as seguradoras especializadas que permaneceram com praticamente o mesmo valor.


O índice combinado ampliado¹ (COMBA), que avalia de maneira global os custos e despesas em relação aos diferentes tipos de receitas, também apresentou melhora em relação ao 3T de 2022, com redução global de 2,99 p.p.


A análise por modalidade de operadora também apresentou melhoria generalizada em relação ao 2T de 2022. Diferente daquele período, nenhuma modalidade apresentou COMBA superior a 100%.

O resultado financeiro continua sendo a principal fonte de resultado das operadoras de saúde. Dentro das categorias analisadas, os resultados operacionais negativos foram compensados por aproximadamente R$8,4 bilhões em resultados financeiros.

Nos próximos estudos analisaremos os resultados financeiros, os impactos da crise nas reclamações e glosas, o aumento do risco sistêmico na saúde suplementar e as oportunidades que se abrem no mercado.

¹Índice Combinado Ampliado (COMBA): avalia os custos assistenciais, despesas administrativas, comerciais e financeiras em relação as receitas com planos de saúde, administrativas e receitas financeiras, incluindo os valores absolutos das contraprestações de corresponsabilidade cedida.

No terceiro trimestre de 2023, o setor de saúde suplementar apresentou um cenário misto. Embora tenha havido uma leve melhoria na sinistralidade, os resultados operacionais das operadoras permaneceram negativos, somando um déficit de R$6,3 bilhões. No entanto, as receitas financeiras robustas compensaram parte dessas perdas, resultando em um resultado líquido positivo de R$2,3 bilhões. Este desempenho destaca a crescente dependência das operadoras em receitas financeiras para sustentar suas operações.

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Quais foram os resultados operacionais do setor no 3T de 2023? O setor apresentou um déficit de R$6,3 bilhões até o 3T de 2023.

Como as receitas financeiras impactaram o resultado líquido? As receitas financeiras ajudaram a compensar os resultados operacionais negativos, resultando em um resultado líquido positivo de R$2,3 bilhões.

Qual foi a tendência da sinistralidade no período? A sinistralidade apresentou uma leve melhora, com redução de 2,13 p.p. em relação ao 3T de 2022.

Quais operadoras tiveram os piores resultados operacionais? Amil, Bradesco Saúde e Unimed Rio foram as que registraram os maiores déficits.

Como o setor se compara ao mesmo período de 2022? Houve uma melhora na porcentagem de operadoras com resultados operacionais positivos, passando de 36,7% em 2022 para 49,5% em 2023.

O que é o Índice Combinado Ampliado (COMBA)? O COMBA avalia os custos e despesas em relação às receitas totais das operadoras, e apresentou uma melhoria em relação ao 3T de 2022.

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