A UNIMED Paulistana e a falência – Entenda o Caso

Explore a complexa situação da Unimed Paulistana e sua falência, analisando decisões judiciais e suas consequências para o sistema de saúde no Brasil.

No cenário da saúde suplementar, a falência da Unimed Paulistana é um caso emblemático que revela os desafios regulatórios e financeiros enfrentados pelas operadoras de saúde no Brasil. Eu mergulho nos detalhes desse caso para entender as implicações da decisão judicial e o que ela significa para o setor como um todo.

Comentamos na semana passada sobre o caso da UNIMED Petrópolis que conseguiu a inédita decisão a favor da sua recuperação judicial. Pelo nosso estudo, o instrumento seria apenas uma forma de protelar a situação e retirar a capacidade de intervenção da ANS, visto que a operadora não teria capacidade de gerar a Margem de Solvência exigida pela RN 209. (Baixe o estudo clicando aqui). Agora, vamos entender melhor sobre um outro caso: o da UNIMED Paulistana.

A UNIMED Paulistana e a falência – Entenda o Caso

No caso da UNIMED Paulistana, há um entendimento exatamente oposto daquele que permitiu a recuperação Judicial da Unimed Petrópolis. O caso em questão foi a decisão do TJSP em meados de novembro que Recentemente tivemos a inédita aprovação da Recuperação Judicial de uma Operadora de Saúde, com a autorização para que a Unimed Petrópolis não sofresse a liquidação da ANS, tal como ocorre em situações como esta.

Este caso é especialmente interessante, pois pode ser um precedente perigoso para que muitas outras operadoras sigam neste caminho. Conforme já comentei em nossas análises setoriais, deveremos observar a aceleração da consolidação no setor. Acreditamos que até 2022, prazo limite para a constituição integral da margem de solvência (RN 209) muitas outras operadoras deixarão de existir. No entanto, a recuperação judicial tira o efeito da obrigatoriedade da Margem de Solvência.

Preparamos um estudo detalhado sobre a situação da Unimed Petrópolis para compartilhar com você com alguns apontamentos interessantes. (Baixe o estudo clicando aqui). Note que o Patrimônio Líquido da Cooperativa está negativo em R$ 58 milhões e seria necessário ter cerca de R$ 100 milhões (positivo) para atender a margem de solvência até 2022. Ou seja, será impossível constituir este patrimônio em apenas 5 anos. Neste caso, como ficaria o poder de regulação da ANS, visto que a Unimed Petrópolis vem conseguindo reverter estas decisões? Como exemplo, em 2013 e em 2014, a cooperativa conseguiu impedir a alienação da carteira imposta pela ANS.

Vale ressaltar que o Instrumento da Recuperação Judicial, teoricamente até então, seria aplicado apenas para as sociedades empresárias. Mesmo assim, apenas 6% das empresas conseguem sair da recuperação (Fonte: exame, 2016 aqui). Neste contexto, parece que a judicialização seria apenas uma forma de protelar o problema, sobretudo para uma cooperativa que possui resultados operacionais tão baixos. Particularmente, não acredito que a decisão seja mantida. Mas parece muito provável que teremos muitos casos similares daqui pra frente.

Por outro lado, no último dia 16 de novembro 2018 tivemos uma decisão bem diferente para o caso da UNIMED Paulistana, sobre a impossibilidade de falência da cooperativa pelo TJSP (link), mas este será o tema do próximo e-mail. De qualquer forma, ficamos com a seguinte reflexão: Qual a responsabilidade do médico cooperado para situações como esta?

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A falência da Unimed Paulistana destaca uma série de desafios regulatórios e financeiros enfrentados pelas operadoras de saúde no Brasil. Neste artigo, abordo como a decisão judicial que impediu a falência da cooperativa e suas consequências para o setor. Também discuto as dificuldades que a Unimed Paulistana enfrentou para cumprir as exigências de solvência estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e as possíveis implicações para outras operadoras que se encontram em situações similares.

O que levou à falência da Unimed Paulistana?
A falta de capacidade para cumprir as exigências de solvência da ANS e a crise financeira foram as principais causas.

Qual foi a decisão judicial relevante no caso?
O Tribunal de Justiça de São Paulo impediu a falência da Unimed Paulistana.

Qual o impacto dessa decisão para outras operadoras?
Pode criar um precedente que outras operadoras em dificuldades financeiras sigam, buscando recuperação judicial.

O que é a Margem de Solvência exigida pela ANS?
É uma reserva financeira mínima que as operadoras devem manter para garantir estabilidade.

Quais são as consequências para os cooperados médicos da Unimed Paulistana?
Eles enfrentam incertezas sobre a sustentabilidade financeira da cooperativa e possíveis prejuízos.

Como essa falência afeta o setor de saúde no Brasil?
Pode acelerar a consolidação do setor, com mais operadoras sendo absorvidas por outras ou deixando de existir.

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