Em 2021, o setor de saúde enfrentou um cenário desafiador, com a sinistralidade atingindo níveis recordes. Como alguém que acompanha de perto as tendências de mercado, posso afirmar que essa alta trouxe impactos significativos, principalmente considerando os efeitos da pandemia.
Em abril a ANS divulgou os demonstrativos financeiros das operadoras de saúde referentes ao ano de 2021. Por ser o segundo ano de pandemia, era esperado que os resultados fossem atípicos, o que realmente aconteceu.
Conforme disposto a seguir, houve um amplo aumento na sinistralidade, o que gerou um prejuízo operacional recorde no setor, de R$ 1,76 bilhão. A título de comparação, em 2020, o setor apresentou resultado positivo de R$ 13,38 bilhões em suas operações. Importante destacar que para essa análise foram desconsideradas administradoras de benefícios e operadoras exclusivamente odontológicas.
Na média do mercado médico-hospitalar, a sinistralidade de 2021 alcançou o maior valor histórico dos últimos 9 anos chegando a ser de 1,1 pontos percentuais acima de 2016, maior valor alcançado até então. A diferença entre custos e receitas foi R$ 4,5 bilhões maior em relação ao ano de 2016 (em valores reais¹).
Esse crescimento da sinistralidade ocorreu em todas as modalidades de operadoras médico-hospitalares. No caso das Cooperativas Médicas, Medicinas de Grupo e Seguradoras, a sinistralidade de 2021 foi a maior do histórico, mesmo resultado atingido pela média brasileira.
Foi impacto da COVID-19?
Existe uma grande heterogeneidade nos diversos mercados brasileiros, o que dificulta a identificação de apenas uma resposta para o comportamento nacional, porém, ao comparar os dados da COVID-19 com os resultados de sinistralidade, é possível verificar um efeito interessante.
Os mapas acima demonstram, por estado, a variação da sinistralidade de 2021 em relação ao período de “normalidade sanitária” e taxa de mortalidade por COVID-19, que pode ser utilizada para avaliar a incidência da doença.
Estados com maiores incidências de Covid, de maneira geral, apresentaram menor sinistralidade. Isso pode ter ocorrido pela menor utilização eletiva de serviços de saúde nessas localidades.
Sendo verdade, tratar-se-ia de um contrassenso, visto que o esperado seria um aumento de sinistralidade de acordo com a maior incidência do Covid-19.
Acima está a ocupação hospitalar média por COVID-19 e outros procedimentos. É notável a redução da utilização a partir de meados de 2021. Com o avanço da vacinação, o que aparenta ter acontecido é que houve uma demanda maior para doenças não-COVID, e a consequente conversão de leitos COVID para gerais.
Essa demanda represada, somada a um possível aumento da gravidade dos casos COVID, que verificamos em alguns casos, podem ser fatores que contribuíram amplamente para essa variação considerável da sinistralidade no ano.
Não é notada uma tendência de diminuição da sinistralidade, ou seja, a mensagem para sustentabilidade continua sendo gestão de custos.
Durante a pandemia a XVI Finance tem atuado na linha de frente de dezenas de singulares do Sistema Unimed para garantir um maior controle de seus custos. Nossos clientes têm alcançados maior eficiência e sustentabilidade operacional, mantendo sua competitividade em um cenário de grandes desafios. Conte com a XVI Finance para auxiliar a sua Unimed, conheça nossas soluções ou contate um consultor.
Em 2021, a sinistralidade no setor de saúde atingiu seu maior valor em nove anos, resultando em um prejuízo operacional de R$ 1,76 bilhão, um contraste significativo com o lucro de R$ 13,38 bilhões de 2020. O aumento foi observado em todas as modalidades de operadoras, com a pandemia desempenhando um papel complexo na dinâmica desse resultado. Houve uma menor utilização de serviços de saúde eletivos em áreas com maior incidência de COVID-19, o que influenciou as variações observadas na sinistralidade.
Saiba mais sobre
O que é sinistralidade?
A sinistralidade mede a relação entre os custos de sinistros (despesas assistenciais) e os prêmios recebidos pelas operadoras de saúde.
Por que 2021 teve um aumento na sinistralidade?
A pandemia e a demanda represada por serviços de saúde eletivos contribuíram para o aumento da sinistralidade.
Quais foram os impactos financeiros da sinistralidade recorde em 2021?
O setor de saúde teve um prejuízo operacional de R$ 1,76 bilhão.
Como a pandemia influenciou a sinistralidade?
A COVID-19 reduziu a utilização de serviços eletivos em estados com alta incidência, afetando as taxas de sinistralidade.
Quais tipos de operadoras foram mais afetadas?
Todas as modalidades de operadoras médico-hospitalares registraram aumento na sinistralidade, especialmente Cooperativas Médicas e Seguradoras.
O que esperar para o futuro da sinistralidade?
Não há uma tendência clara de diminuição, indicando a necessidade de uma gestão de custos rigorosa para sustentabilidade.
Saiba mais sobre impacto da crise do coronavírus nas operadoras de saúde e Controle de sinistralidade em 2021
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